A insatisfação de Raul com sua vida era tão grande que ele decidiu tomar uma atitude extrema: enterrar a identidade de Raul Cadore e “renascer” como Humberto Cunha.


Seguindo o plano de Yvone, Raul simulou a própria morte. Mas a parte mais difícil vem agora: lutar contra a saudade da família e se esconder em outro país. Sem dúvida, a vida de Raul passou por uma enorme reviravolta. Conversamos com Alexandre Borges para saber o que o ator pensa sobre todas essas mudanças.


Atitude radical


“Querer ter uma nova vida através da morte é uma atitude bem radical. A gente não se imagina nunca nessa situação. Eu acho que o Raul é um homem desesperado, perdido, que não está conseguindo medir as consequências dos seus próprios atos “.


O envolvimento com Yvone “Ela veio falar a coisa certa na hora certa. A Yvone deu todas as dicas para ele do que poderia ser feito com essa simulação de morte e o destino também contribui com o plano dela.


Com o atentado do Ramiro, o Raul fica com mais raiva da família, pensa que o pai está do lado do irmão e acha que a Silvia está se envolvendo com o Murilo. Ele começa a pensar, na paranoia dele, que está todo mundo contra ele e que as pessoas não vão sentir falta se ele morrer”.


Coragem?


“Não sei se ele tem tanta coragem assim, na verdade ele não tem nada a perder. Isso acaba encorajando Raul a sair da areia movediça em que acha que está. Mas até o último momento ele hesita em tomar a injeção, só que não dá tempo, a Yvone aplica correndo”.


Liberdade X Prisão


“A fantasia de uma nova vida é muito interessante. Eu acho que esse movimento é bem legal para a novela, muito rico de possibilidades e de emoções. Tem toda a desestruturação que ele vai causar para a família e a desestruturação que ele vai sentir também como um homem agora sem identidade, um homem que vai viver se escondendo. Ele vai em busca da liberdade, mas acaba sendo cada vez mais prisioneiro dessa situação”.


Saudades da família


“As atitudes do Raul nunca são inteiras. Ele nunca está convicto de que fez o certo. Nós já gravamos algumas cenas dele em Dubai e ele sofre, lembra da filha, do pai e da própria Silvia. Mas é um caminho sem volta. Ele vai sofrer mesmo, porque não é um homem frio”.


Casos reais


“Já ouvi falar de pessoas que fugiram de casa e a família achou que estavam mortas. Depois de alguns anos essas pessoas eram descobertas, vivendo em outro estado, com outra família”.


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