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"Olhe para a pessoa que lhe causa aborrecimento e tire proveito da oportunidade para controlar a própria ira e desenvolver a compaixão. Entretanto, se o aborrecimento for muito grande ou se você achar a pessoa tão desagradável que seja impossível agüentá-la, talvez seja melhor sair correndo!" (Dalai Lama)


"Se você conta com alguém que tem menos qualidades que você, isso levará à sua degeneração. Se você conta com alguém com qualidades iguais às suas, você permanece onde está. Somente quando conta com alguém cujas qualidades são superiores às suas é que você atinge uma condição sublime."
(Dalai Lama)


"É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros".
(Dalai Lama)



"Se a ciência provar que algumas crenças do budismo são erradas, então o budismo vai ter de mudar." (Dalai Lama)

"Uma poderosa ferramenta para nos ajudar a gerir com habilidade a nossa vida é perguntar antes de cada ato se isso no trará felicidade. isso vale desde a hora de decidir se vamos ou não usar drogas até se vamos ou não comer aquele terceiro pedaço de torta de banana com creme." [ Dalai Lama ]

"A vingança não vai reduzir ou prevenir o mal, porque ele já aconteceu." [ Dalai Lama ]

"O apego é cheio de parcialidade. O amor e a compaixão são imparciais." [ Dalai Lama ]

"A opressão nunca conseguiu suprimir nas pessoas o desejo de viver em liberdade." [ Dalai Lama ]

"O maior juiz de seus atos deve ser você mesmo e não a sociedade." [ Dalai Lama ]

"É triste passar pela vida causando problemas a outras pessoas e ao ambiente." [ Dalai Lama ]

"Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância." [ Dalai Lama ]

"A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância." [ Dalai Lama ]

"É muito importante que o homem tenha ideiais. Sem eles não se vai a parte alguma." [ Dalai Lama ]

"Se você quer transformar o mundo, mexa primeiro em seu interior." [ Dalai Lama ]

"As transformações mentais demoram e não são fáceis. Demandam um esforço constante." [ Dalai Lama ]

"A compaixão não é um sentimento que transforma os outros em seres inferiores." [ Dalai Lama ]

"Tenho certeza de que se eu sorrisse menos teria menos amigos." [ Dalai Lama ]


Aprendemos no filme Escritores da Liberdade que nem tudo o que parece é realmente da forma que imaginamos. O filme baseado em fatos reais mostra como a perseverança de uma professora resgata alunos antes tidos como “marginais e perdidos na vida”. Fica claro um assunto freqüente e já fundamentado nesse trabalho, a exclusão racial.

Não é a cor que condiciona um homem a ser melhor ou pior, muitos gênios eram negros, pardos ou amarelos: Ray Charles, Dalai Lama, Madre Teresa dentre outros.

Quando falamos em inclusão social no processo de gestão de pessoas devemos associar com uma relação mútua entre pessoas sem a existência de exclusividade. Cada ser pode contribuir com suas habilidades, ensinar e aprender, a ação de compartilhar pode transformar uma equipe e resultar em metas positivas em uma empresa. Marcus Buckingham e Donald O. Clifton falam no livro Descubra seus Pontos Fortes sobre a inclusão:

“Faça o círculo ficar mais largo”. Essa é a filosofia ao redor da qual orienta sua vida. Você quer incluir as pessoas e fazê-las se sentir parte do grupo. Em contrate direto com aqueles que só são atraídos para grupos “exclusivos”, você evita grupos que excluam os outros. Quer expandir o grupo para que o maior número possível de pessoas possa se beneficiar com seu apoio. Você detesta a visão de alguém do lado de fora olhando para dentro. Quer atrair os excluídos para que eles possam sentir o calor do grupo. Você é uma pessoa instintivamente cordata. Sem se preocupar com raça, sexo, nacionalidade, personalidade ou fé, faz poucos julgamentos, pois estes podem ferir os sentimentos de uma pessoa. (RATH; CLIFTON, 2008: p. 111).

A inclusão pode trazer a uma empresa gratas surpresas. Uma vez conversando com uma jovem empresaria que solicitou uma indicação de um funcionário a primeira característica citada pela mesma, e necessária a pessoa que desejava pleitear a vaga, foi a “humildade, não é preciso ser formado, deve ser esperto e com vontade de aprender” disse ela. E ainda citou o exemplo de uma funcionaria que mesmo sem formação acadêmica era primordial para o bom funcionamento do negócio.

Pergunto a você caro leitor, se essa jovem empresária não tivesse essa visão à mesma não estaria perdendo a oportunidade de possuir um ótimo colaborador? Não é só uma questão de ousadia e sim de visão, confiança, inclusão e principalmente colaboração. Não trata-se de filantropia ou boa vontade, trata-se da troca honesta do serviço e do sucesso de um negócio. A oportunidade muda vidas e transforma as pessoas em toda a sua amplitude, nos dois lados da moeda.

Os verdadeiros líderes sentem uma necessidade urgente de assumir suas posições. É o senso de responsabilidade. Acredito que, no momento que um pai e uma mãe vêem o filho recém-nascido, eles passam a sentir uma forte vocação para se tornar exemplos divinos para aquela nova vida tão preciosa. (MAXWELL, 2007: p. 80).

Tanto no caso da professora do filme quanto no exemplo citado da jovem empresária foi possível perceber o importante do papel do líder que se torna um exemplo que todos desejam seguir. A referencia profissional é primordial no processo de inclusão, pessoas alimentam sonhos a partir de referencias. O menino joga “pelada” sonhando em ter o êxito do Ronaldinho, Ronaldo, Kaká. A menina brinca de interpretar de fronte ao espelho sonhando em ser uma grande atriz da Globo. Os sonhos também ajudam e motivam no processo de inclusão e o líder tem um senso de responsabilidade na construção do sonho.

Os sonhos são como vento, você os sente, mas não sabe de onde eles vieram e nem para onde vão. Eles inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o estudante, abrem a inteligência do cientista, dão ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e com compreendem. (CURY, 2004: p. 09)

A principal mensagem resgatada durante o filme foi o nascimento da esperança e por fim a busca pelos sonhos. A inclusão proporcionada pela professora fez com que os alunos buscassem o caminho correto, tornou cada integrante daquela sala uma peça importante quem acreditaria naqueles “alunos delinqüentes” e compraria livros novos. O que não se esperava é que todo o esforço daquela professora desacreditada por muitos resultaria em frutos.

O sentimento de luta e continuidade proporcionado pelo filme resgata no expectador uma motivação nova. Ao saber que foi baseado em fatos reais motiva ainda mais e possibilita uma inclusão interna traz um sentimento de superação e força. Os problemas são simples de serem resolvidos muitas vezes nos é que tornamos um problema em “um grande problema”.


Então, o que é cultura?

Cultura é uma dimensão do processo social, da vida de uma sociedade. Não diz respeito apenas a um conjunto de práticas e concepções, como por exemplo, se poderia dizer da arte. Entenda dessa forma, cultura diz respeito a todos os aspectos da vida social, e não pode se dizer que ela exista em algum contexto e não em outro.(SANTOS, 1949: p. 19).

Cultura é tudo o que se cria na sociedade se adequando a necessidade de interação social daquele povo, nação, bairro, comunidade, talvez seja por isso que o fenômeno cultural vem sendo tradicionalmente analisado, numa visão antropológica, como acervo de experiências, acúmulo de iniciativas que o homem desenvolve no sentido de transformar a natureza e aperfeiçoar a sociedade.

A cultura só existe porque o homem existe para criá-la, e principalmente porque após a sua criação o homem passa a construir o significado a cultura começa no ponto em que os humanos superam o que quer que seja dada a herança cultural.

Para tanto estudaremos o aprofundamento da cultura através da arte que é uma forma de cultura social, muitas vezes arte se confunde com cultura, todo movimento artístico é considerado arte, mas a cultura como já vimos, não se resume apenas a arte.

Arte vem do latim ars, que significa técnica ou habilidade, quando se conhece uma técnica e junto a ela se utilizarmos a habilidade chegaremos a arte, sendo considerada também como fenômeno cultural.

Arte pode ser: Artes plásticas, artes cênicas, arquitetura, arte digital, arte visuais, cinema, dança, música, teatro, pintura, desenho dentre outros.

Os conceitos de arte podem variar de acordo com o modo cultural de pensar no ocidente a arte é produto do artista motivado, inspirado, possuidor de um dom individual, já os povos judeus, cristãos e muçulmanos vêem a arte numa visão social e coletiva que produz a arte através do artista.

O homem sente a necessidade de expressar seus sentimentos e a partir da necessidade de expressão, em suas diversas formas surge a cultura.

Desde o século XIX inicia-se a tentativa de classificar cultura. Os europeus partiram na frete e buscaram desenvolver uma teoria com base em uma hierarquia humanista que exaltava a soberania das grandes potências da época.

Nos estudos realizados se concluiu que:

Cada cultura é resultado de uma história particular, e isso inclui também suas relações com outras culturas. Assim, falar, por exemplo, nas etapas humanas de selvageria, barbárie pode ajudar a entender o aparecimento da sociedade burguesa na Europa, mas não é suficiente para dar conta de culturas que por longo exemplo se desenvolveram fora do âmbito dessa civilização. (SANTOS, 1949: p. 12).


Era uma visão preconceituosa que tirava o direito de equivalência cultural de outras civilizações nascidas fora do eixo burguês europeu, as críticas foram apenas conseqüência de uma filosofia falha.

Para os europeus do século XIX um quadro de uma paisagem pintado por um artista europeu, por exemplo, tinha um maior valor cultural do que um conjunto de cestas produzidas por uma civilização indígena, hoje sabemos que a teoria da hierarquização é falha e as particularidades artísticas, dentro do conceito abstrato de criação, não podem comparadas, cada uma tem seu valor cultural.

No mesmo século foi empregado na Inglaterra e na Alemanha o termo Culture, ou Kultur e surgiram os primeiros livros que explicavam a cultura: o poeta Matthew Arnold publicou Culture ande Anarchy em 1869 e o antropólogo Edward Tylor, Primitive Culture em 1871.


Segundo Peter Burke (1937) a história cultural pode ser dividida em quatro fases: a clássica, a fase da história social da arte no início da década de 1930, a fase da descoberta da história cultural popular na década de 1960 e por fim a nova história cultural.

A história da cultura clássica inicia-se no período de 1800 até 1950, era a tentativa de quebrar o cientificismo e desenvolver uma cultura relacionada ao espírito, a sociedade vinha de uma fase onde tudo era comprovado e as questões eram respondidas com a ciência, tudo se mostrava exato, a cultura clássica resgatou a sensibilidade. A cultura também foi chamada de clássica devido à divisão histórica uma vez que foi aplicada no período clássico.

Destacam-se duas obras do período clássico: A cultura do renascimento na Itália, de 1860 do historiador suíço Jacob Burckharrdt que embora profissional acadêmico escreveu para o grande público, a obra era um patrimônio da cultura iniciando os estudos na Grécia Antiga até o Renascimento italiano.

A segunda obra foi o livro Outono da Idade Média (1919) escrita pelo historiador holandês Johnan Huízinga, “tratava de temas como o sentimento em declínio, o lugar do simbolismo na arte” (BUKER, 1937), a intenção era relacionar a arte como formação de uma época.

Na segunda fase buscava-se a relação histórica cultural e a sociedade, é nessa fase que observamos a maior contribuição acadêmica, obra de diversos autores como Max Weber e Norbert Elias, que buscavam explicar a cultura a partir das civilizações.

Na fase da história da cultura popular iniciada em 1960, o povo era o centro e detentor da particularidade artística de canções populares e atividades folclóricas. Um dos primeiros exemplares publicados no período foi por Francis Newton em 1959 titulava-se História Social do Jazz.

Definir cultura é complexo inicialmente porque cultura na teoria significa cultivar, plantar, a definição de cultura que conhecemos é quase uma metáfora, cultura denota de início um processo completamente material, que foi depois metaforicamente transferido para a questão de espírito.

Diria então que cultivar significa transformar a natureza, cuidar da terra em busca de frutos utilizados para alimentar a matéria humana para sobrevivência, podemos fazer um comparativo, cultura transforma a mente do ser, os frutos tão necessários para sobrevivência são representados pela criação e o resultado é a arte propriamente dita.

Em uma idéia imediatista muitas vezes associamos cultura a programas televisivos, rádio, revistas, pinturas, peças teatrais, trabalhos artesanais e esquecemos que cultura está relacionada diretamente a formação educacional do ser, determinando assim, duas concepções básicas da cultura.

“A primeira concepção de cultura remete a todos os aspectos de uma realidade social; a segunda refere-se mais especificamente ao conhecimento, às idéias e crenças de um povo”. (SANTOS, 1949: p. 37).

Na primeira concepção caracterizamos de um modo geral todos os aspectos que constitui essa cultura quer dizer, ma primeira concepção falamos de cultura brasileira, do jeito brasileiro de ser por um todo, na segunda concepção falamos especificamente da língua, da gastronomia, dos costumes, do folclore que constitui a cultura brasileira. Na primeira concepção é o todo e na segunda concepção é parte desse todo.

O resultado da relação apresentada é a pluralidade, o elo observado entre a cultura e a sociedade, as varias facetas capazes que serem realizadas por uma sociedade através da expressão artística, o modo de agir e se comportar, a fala dente outros.



Um dos grandes propósitos da filosofia de Santo Agostinho está voltado para a vida do homem, a qual deve estar encaminhada para o Bem. Suas principais idéias caracterizam-se pelas noções de beatitude, graça, predestinação e iluminação divina, o que estão ligadas ao conceito de Deus. Deus é o Bem Supremo e, sendo bondade, não poderia criar o mal; sendo o mundo criado por Deus, nele não existe o mal, já que o princípio que vigora é o bem. Para Agostinho, o mal é a privação do bem, e o homem, por sua vontade, pode distanciar-se de Deus, afastando-se, dessa forma, do bem. Assim como todas as outras criaturas, o homem também é fruto do ato divino; no entanto, o homem é, entre as criaturas, um ser superior. Entretanto, Santo Agostinho limita o domínio do ser humano sobre o mundo, afirmando a impossibilidade de o homem poder atuar sobre os fenômenos, tais como os céus e os mares. É pela vontade que o homem deixa o corpo dominar a alma e chega à degradação. Embora a degradação humana ocorra por livre-arbítrio, voltar-se novamente para o bem e para Deus não é mais opção do homem; ao contrário, é necessária a graça divina para tirá-lo do pecado. Santo Agostinho afirma que o conhecimento pode referir-se a coisas que não são provenientes dos sentidos – as chamadas coisas inteligíveis. Os sentidos, para ele,funcionariam como um meio estimulatório da auto-reflexão. A verdade autêntica é imutável e apreendida pela inteligência iluminada. E é por meio da iluminação divina que o homem, por um processo interior, chega à verdade. Ou seja, o conhecimento verdadeiro provém, portanto, da fonte divina – eterna e imutável – e não humana.

Levantadas as questões entre e mito e razão iremos entender a influencia do pensamento racional e os pensadores que se destacaram no período.

O período é conhecido como pré-socrático (presença de filósofos anteriores a Sócrates) onde se buscava o princípio das coisas na natureza (naturalistas). Destacam-se as escolas e os filósofos, respectivamente:

1. Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximenes de Mileto, Anaximandro de Mileto, Heráclito de Éfeso.

2. Escola Eleata: Parmênides de Eléia

3. Escola Itálica: Pitágoras

4. Escola Pluralidade: Demócrito de Abdera

Tales

Nasceu em Mileto, foi fundador da Escola Jônica. Considerava a água sendo a origem de todas as coisas, sendo prova de que o pensamento racional se explicava com elementos da natureza. Viveu no período pré-socrático. Introduziu a geometria estudando retas e ângulos.

Anaximandro

Caracterizado como pré-socrático discípulo de Tales. Escreveu o livro intitulado “Sobre a natureza”. Acreditava que o princípio de tudo é o ápeiron, que é algo infinito, indicando a origem em um elemento indeterminado.

Anaxímenes

Sintetizava as concepções de Tales e Anaximandro, a origem estava em um elemento ilimitado, o ar. Participante da Escola Jônica.

Pitágoras

Fundador de uma escola de pensamento grega denominada em sua homenagem Pitagórica. O pensamento era baseado na noção do número, da harmonia e da alma. Para Pitágoras o universo era formado por números, que eram vistos como estrutura dos fenômenos naturais. Diferentes dos Jônios que acreditavam que na unidade surgiu da multiplicidade dos fenômenos, para Pitágoras essa unidade inicial era, ela própria. O pensamento racional alcança uma maior abstração, liberta dos aspectos místicos.

Heráclito

Conhecido como “pai da dialética”. Recusou-se participar da política. Inseriu dentro do movimento pré-socrático que tudo é movimento. Para Heráclito acreditava que Deus não tinha aparência de homem nem de planta ou animal, não era onipotente, nem criador. Identificava Deus como oposto “O Deus é dia-noite”.

Parmênides

Nasceu na Eléia, foi discípulo de Pitágoras. Para Parmênides o ser é perfeito, portanto ele sempre é não existe ser como “não-ser”. O ser é Uno, eterno, absoluto.

Demócrito

Considerado pré-socrático, foi o maior expoente da teoria atômica ou atomismo. Acreditava no universo sendo infinito e em um número infinito.

Com base nas características de cada pensador não é difícil imaginar as polemicas causadas em uma sociedade que até então só acreditava no mito. A inovação por muitas vezes causa expectativa e medo.

Como se manipularia uma sociedade que acreditava no poder simbólico dos deuses tendo uma nova alternativa para as explicações dos fenômenos vitais. Não era mais necessário organizar oferendas para os deuses para se ter um bom plantio bastava o homem entender quais eram os períodos de chuva e as técnicas do cultivo da terra.

Por outro lado, como o homem sobreviveria somente com a razão afinal até com a natureza é impossível ter uma precisão completamente exata. Não se pode prever com exatidão quantos dias de chuva teremos em um ano, quantos filhotes nasceram, quantas espécie existem em uma floresta.

Acredito que o mito veio para motivar a busca do conhecimento. A palavra mito esta relacionada com simbologia, com primeira tentativa de explicar a realidade e quanto falamos do mito grego nos remete as histórias, as fantasias, algo que não é palpável. A razão nasce justamente em contraposição a esse pensamento, opõe-se a imaginação.

É difícil optar por um ou outro. Sempre eram existir pessoas que acreditam que o homem nasceu de Adão e Eva assim como, outros acreditam na teoria evolutiva. Uns acreditam que manga com leite a noite faz mal, outros dizem que isso é uma questão histórica. Uns condenam a clonagem, outros vêem na clonagem como a cura para paralisia.

O fato é que com a controvérsia (mito e razão) trouxe o desenvolvimento intelectual e o lado espiritual atua como pilar da constituição humana.


O que é o homem A pergunta debatida é relevante para o entendimento das questões levantadas no texto “Para compreender a ciência”.

Antes de entender filosoficamente o que é o homem é preciso compreender o lado histórico da formação das cidades ou se preferirem das PoFoi no período Pré-histórico que observamos a evolução estrutural do homem. O ser era Australopithecus e na ultima fase evolutiva Homo Sapiens, se antes o homem não possuía habilidades artesanais e dificuldades na comunicação o Homo Sapiens passava a desenvolver atividades agrícolas, artesanais, de pastoreio, a organização em grupos (clãs) baseados em parentescos e em torno de uma planta ou animal que movimentava a economia do grupo (totem).

A economia do período era de subsistência, passando por troca de produtos (escambo) até chegar ao mercantilismo, é importante destacar que todo o processo evolutivo da economia agilizou a formação das cidades, mas a conseqüência foi à divisão de classes sociais e o crescimento do escravismo. A civilização grega mostra com traços marcantes essas características.

Foi na Grécia Antiga que o pensamento racional baseado na natureza entra em contraposição as explicações míticas de forte ação na população. Quem não lembra dos Jogos Olímpicos, na cidade de Olímpia, o evento comprovava o respeito dos gregos diante dos deuses. A festa era organizada para homenagear as figuras mitológicas.

Tudo naquela sociedade funcionava em função dos deuses, qualquer explicação se fundamentava em função dos deuses. O artista na composição de uma obra clamava a ajuda de Atena (deusa das artes), o agricultor chamava por Démeter (deusa da colheita) em busca da fartura do plantio, o grego apaixonado pedia ajuda de Afrodite (deusa do amor) para conquistar a mulher amada e assim por diante.

A quebra desse pensamento mitológico causa conflitos e estimula o acréscimo de adeptos que usam da racionalidade para explicar as coisas, ocorre o desenvolvimento científico e filosófico.

O livro (“Para compreender a ciência”) propõe um estudo histórico da Grécia nos seguintes períodos: Homérico (século XII – VIII a. C.), Arcaico (século VII - VI a. C.), Clássico (século V - VI a. C.) e helenístico (século IV – II a. C.). Analisaremos primeiro os períodos Homérico e Arcaico.

O período Homérico caracteriza-se basicamente com a chegada dos dórios na Grécia que se organizavam em genos, as decisões relativas à vida do grupo passaram a ser baseadas em discussões políticas. Da união dos genos, fatrias e tribos surgiram as cidades.

Já no período Arcaico observa-se a ascensão democrática, o desenvolvimento das polis, da economia mercantil e monetária. Em contra partida o desenvolvimento dos setores resultou em divergência de idéias e conflitos de interesse, que junto com o aumento da população propiciou as crises políticas.

O desenvolvimento das polis e o ato de “discutir” foram primordiais para o nascimento do pensamento racional. Alguns pensadores dedicados na elaboração do saber: Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Parmênides, Heráclito e Demócrito.

Antes do estudo detalhado de cada pensador a questão a ser debatida é esclarecer a relação social ocorrida na Grécia Antiga com a formação da sociedade contemporânea, e os conflitos que tais pensamentos causam quando estudamos o que é ser humano.

Que a civilização grega influenciou e influencia a sociedade ocidental é fato, caso contrário não teríamos a nossa constituição judiciária, a arquitetura, a arte etc (no contexto em que conhecemos, é claro). O texto estudado expõe o conflito mitológico com o racional, e diante disso pergunto se hoje conseguimos distinguir e optar entre mito e razão.

A evolução racional cientifica e tecnológica tornou-se primordial para esclarecimento do ser. Mas o mito (representado pelas diversas religiões, crenças, tradições) ainda é utilizado pelo ser como pilar da resolução dos problemas.

Sem preconceitos, utilizaremos exemplos próximos da realidade contemporânea em comparação à mitologia da Grécia Antiga. É de conhecimento que a religião na Grécia Antiga era politeísta, mesmo com os conflitos entre mito e racionalidade do período essa característica se manteve marcantes na contemporaneidade vejam: as religiões africanas difundidas no Brasil como o Candomblé e a Umbanda são organizadas com base em orixás ou entidades, existe um Deus maior (Oxalá) e a força das outras entidades não são subestimadas (Oxossi, Oxum, Ogum, etc) caracterizando uma espécie de politeísmo.

Outro exemplo da força da religião é a legião de católicos levados em procissões e a de evangélicos levados a sessões de cura, da família, da prosperidade etc.

O conflito entre mito e racional ainda é presente e constante. Dificilmente o ser vai conseguir distinguir por completo as duas questões, resta apenas o bom senso para o esclarecimento das incógnitas do ser.

Baseado no livro PARA COMPREENDER A CIÊNCIA

  • Nas sociedades primitivas a produção de vida material era organizada de forma a garantir apenas o consumo necessário à sobrevivência do grupo.
  • O trabalho era organizado coletivamente e envolvia todos os membros do grupo na produção, ocorrendo uma divisão “natural” (por sexo e idade) do trabalho.
  • Socialmente, os grupos organizavam-se por relações de parentesco (em clãs) e em torno de um totem (usualmente, um animal, uma planta ou instrumento de trabalho importante para economia do grupo).
  • As sociedades primitivas estruturavam-se, portanto, em torno da produção e do rito mágico, que organizavam, num certo sentido, a própria vida econômica.
  • O desenvolvimento das técnicas e utensílios e a sua melhor utilização levaram a uma produção de excedente.
  • Com a especialização, a produção tornou-se cada vez menos coletiva, assim como o consumo. A apropriação dos produtos tornou-se cada vez individual, baseada na propriedade privada, levando as trocas e, pouco a pouco, à produção mercantil.
  • O desenvolvimento da produção mercantil associado ao desenvolvimento do escravismo são aspectos fundamentais para compreensão da civilização grega.
  • Foi na Grécia Antiga, num período que se estende do século VII ao século II a. C., que, pela primeira vez, o pensamento científico-filosófico tornou-se abstrato e surgiram tentativas de explicar racionalmente o mundo, em contraposição às explicações míticas produzidas até então.
  • O mito é uma narrativa que pretende explicar, por meio de orças ou seres considerados superiores aos humanos, a origem, seja de uma realidade completa como o cosmos, seja de partes dessa realidade; pretende também explicar efeitos provocados pela interferência de seres ou forças.
  • É indispensável na vida social, na medida em que fixa modelos da realidade e das atividades humanas.
  • O mito opõe-se ao pensamento racional. Razão, logos – em seu sentido original – significa, por um lado, reunir e ligar e, por outro, calcular, medir; ambos relacionados ao pensar, uma atividade fundamental par o homem. O conhecimento racional é função de pensamento objetivo, é conhecimento. Racional não é só função de conhecimento, aplica-se também à prática, reporta-se á ação.
  • O conhecimento racional opõe-se ao mítico, pois é um conhecimento sobre qual se problematiza e não simplesmente se crê; um conhecimento na qual a explicação é demonstrada por meio da discussão, da exposição clara de argumentos e não apenas relatada, revelada oralmente, não é mero fruto de um sentimento coletivo; um conhecimento em que se busca explicar e não encontrar modelos exemplares da realidade; um conhecimento que possibilita um movimento crítico, que possibilita sua superação e a dos mitos.
  • (...) serão delineadas as primeiras tentativas humanas de propor explicações racionais, abordando as principais características do pensamento e do método na Grécia Antiga e suas relações com as condições de vida que marcaram esse período da História.
  • Para tanto, serão destacados os seguintes períodos da história na Grécia: homérico (século XII-VIII a.C.), arcaico (séculos VII-VI a.C.), clássico (séculos V-VI a.C.) e helenístico (séculos IV-II a. C.).