Baseado no livro PARA COMPREENDER A CIÊNCIA

  • Nas sociedades primitivas a produção de vida material era organizada de forma a garantir apenas o consumo necessário à sobrevivência do grupo.
  • O trabalho era organizado coletivamente e envolvia todos os membros do grupo na produção, ocorrendo uma divisão “natural” (por sexo e idade) do trabalho.
  • Socialmente, os grupos organizavam-se por relações de parentesco (em clãs) e em torno de um totem (usualmente, um animal, uma planta ou instrumento de trabalho importante para economia do grupo).
  • As sociedades primitivas estruturavam-se, portanto, em torno da produção e do rito mágico, que organizavam, num certo sentido, a própria vida econômica.
  • O desenvolvimento das técnicas e utensílios e a sua melhor utilização levaram a uma produção de excedente.
  • Com a especialização, a produção tornou-se cada vez menos coletiva, assim como o consumo. A apropriação dos produtos tornou-se cada vez individual, baseada na propriedade privada, levando as trocas e, pouco a pouco, à produção mercantil.
  • O desenvolvimento da produção mercantil associado ao desenvolvimento do escravismo são aspectos fundamentais para compreensão da civilização grega.
  • Foi na Grécia Antiga, num período que se estende do século VII ao século II a. C., que, pela primeira vez, o pensamento científico-filosófico tornou-se abstrato e surgiram tentativas de explicar racionalmente o mundo, em contraposição às explicações míticas produzidas até então.
  • O mito é uma narrativa que pretende explicar, por meio de orças ou seres considerados superiores aos humanos, a origem, seja de uma realidade completa como o cosmos, seja de partes dessa realidade; pretende também explicar efeitos provocados pela interferência de seres ou forças.
  • É indispensável na vida social, na medida em que fixa modelos da realidade e das atividades humanas.
  • O mito opõe-se ao pensamento racional. Razão, logos – em seu sentido original – significa, por um lado, reunir e ligar e, por outro, calcular, medir; ambos relacionados ao pensar, uma atividade fundamental par o homem. O conhecimento racional é função de pensamento objetivo, é conhecimento. Racional não é só função de conhecimento, aplica-se também à prática, reporta-se á ação.
  • O conhecimento racional opõe-se ao mítico, pois é um conhecimento sobre qual se problematiza e não simplesmente se crê; um conhecimento na qual a explicação é demonstrada por meio da discussão, da exposição clara de argumentos e não apenas relatada, revelada oralmente, não é mero fruto de um sentimento coletivo; um conhecimento em que se busca explicar e não encontrar modelos exemplares da realidade; um conhecimento que possibilita um movimento crítico, que possibilita sua superação e a dos mitos.
  • (...) serão delineadas as primeiras tentativas humanas de propor explicações racionais, abordando as principais características do pensamento e do método na Grécia Antiga e suas relações com as condições de vida que marcaram esse período da História.
  • Para tanto, serão destacados os seguintes períodos da história na Grécia: homérico (século XII-VIII a.C.), arcaico (séculos VII-VI a.C.), clássico (séculos V-VI a.C.) e helenístico (séculos IV-II a. C.).

0 comentários