PARA QUE PROVA?

PARA QUE PROVA?

Acabei de chegar em casa e uma questão veio martelando minha cabeça: Por que os estudantes devem se submeter a tantas provas escritas para confirmar que sabem de alguma coisa?
Acho que no fundo a prova só serve para nos preocupar (pelo menos eu penso assim). É isso que esta acontecendo comigo, fiz uma prova simples, mas que esta deixando a turma eufórica para saber o resultado e o professor “necas”... nada de resultado, ai que martírio. Pergunto novamente pra que prova? Para aprendizado, para nos preocupar ou para nos pressionar afinal se tudo fosse liberal ninguém ia estudar, poucos são aqueles que gostam da prática do conhecimento, vamos confessar.
No livro Fomos Maus Alunos de Rubem Alves e Roberto Dimenstein mostra que as provas, de certa forma, são feitas para mover a mola lucrativa da educação. A prova serve para ter uma nota, o aluno estuda a decoreba pra obter a nota satisfatória e para no futuro passar no vestibular e quando chega à Faculdade ta tão acostumado com o bichinho da decoreba que é mais fácil usar o bichinho da decoreba pra se formar.
O problema é que quando chegamos ao mercado de trabalho o bichinho da decoreba entra em extinção e aí meu filho! Você vai ter que se adaptar, por bem ou por mal, a realidade porque o bicho feroz da responsabilidade passa a ti perseguir.
Bem, como falei continuo no aguardo da prova e hoje já fiz outra prova então, a equação se resume ao seguinte: (espera de nota da prova)² + (Aflição)² + (desespero)² = a uma aluna em crise existencial e que só quer aprender sem amarras, mas que espera a nota pra passar de ano.
Longe de mim querer criticar o método de avaliação do nosso sistema educacional o que eu gostaria e isso serve para nossos mestres e futuros mestres, era que se engajassem em uma campanha de luta a extinção do bichinho da decoreba. Paulo Freire diz que “se deve ensinar para vida” eu concordo plenamente e ovaciono a professores que já entenderam a força dessa afirmativa e buscam uma alteração na metodologia convencional do ensino.
Tenho muita vontade de seguir a carreira de lecionar meus pais, amigos e parentes me chamam de louca porque sabem as dificuldades que irei enfrentar, mas “quem não arrisca não petisca” e eu quero ter a oportunidade de experimentar e de superar as dificuldades da profissão.
Por fim, agradeço a todos os minutos dispensados para leitura dos meus devaneios, uma bjoca e até a próxima.